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Maquiagem da vez é sem excessos e ressalta o glow natural da pele

Depois da febre do contorno, técnica que usa camadas de diferentes produtos sobre o rosto, a maquiagem da vez é sem excessos e tem como objetivo ressaltar o glow natural da pele

os bastidores do shooting de uma das capas do mês passado da GQ, a atriz Bruna Linzmeyer fez um pedido pouco usual à maquiadora Cris Biato: que fosse usado o mínimo possível de make em seu rosto. De bem com suas olheiras, não queria que nenhum produto as disfarçasse. No mesmo mês, na capa da Vogue, Marina Ruy Barbosa apareceu bem diferente do que estamos acostumadas a vê-la: sem um pingo de base, blush, máscara de cílios, batom…

Esta maquiagem mais leve, com menos elementos, também chamada de “no make-up make-up”, foi vista incansavelmente nos desfiles das últimas duas semanas de moda internacionais. Em vez de trabalharem com bases de alta cobertura, corretivos e pós, os profissionais investiram em um bom tempo de hidratação na pele das modelos.

Bruna Linzmeyer na GQ (Foto: Cassia Tabatini /Arquivo GQ e Zee Nunes /Arquivo Vogue, Imaxtree e Divulgação)

Depois, aplicavam primers e um pouco de iluminador até atingirem uma tez com aspecto radiante e saudável. E assim, com a pele natural e sem efeitos especiais, as modelos riscaram as passarelas de grifes como Giambattista Valli, Isabel Marant, Stella McCartney, Off-White, Etro, Christopher Kane, Michael Kors e Lanvin.

Essa é uma tendência que caminha na contramão do excesso do contorno facial à la Kim Kardashian, que assolou os tutoriais da internet e virou make onipresente nos últimos anos. As marcas, acompanhando a febre, desenvolveram inúmeras linhas para criar no rosto o famoso jogo de luz e sombra – que possibilita a construção de bochechas mais delgadas, narizes mais afilados, testas e queixos menores, maçãs do rosto mais levantadas…

Marina Ruy Barbosa na Vogue: make mínimo (Foto: Cassia Tabatini /Arquivo GQ e Zee Nunes /Arquivo Vogue, Imaxtree e Divulgação)

O que era feito para destacar traços positivos e corrigir pequenas imperfeições acabou ganhando versões exageradas.“ Nas redes sociais, os padrões de ‘perfeição’ ficaram ainda mais excessivos. Não é preciso ter nariz fino, sobrancelha arqueada e pele sem marcas para ser bonita”, opina Fabiana Gomes, maquiadora-sênior da MAC.

beauty artist paulista Amanda Schön faz coro. “Criou-se uma maquiagem exagerada, que apaga traços, transforma feições e deixa todas as mulheres parecidas”, diz. Colaboradora da Vogue, Amanda passa sua visão de beleza mais natural nos editoriais que assina. A capa de fevereiro, por exemplo, tinha a modelo Carol Trentini com a pele quase sem nada, enquanto seus olhos saltavam com uma sombra multicolorida. “A ideia é voltar a criar diversão com make. Com a pele mais clean, podemos brincar com cores e texturas”, acredita.

Beleza clean e iluminada na passarela da Etro, na temporada de verão 2018 (Foto: Cassia Tabatini /Arquivo GQ e Zee Nunes /Arquivo Vogue, Imaxtree e Divulgação)

Mas não se engane: o aspecto superfresh requer, sim, produtos e técnicas. O segredo é a preparação do rosto antes de começar a maquiagem. “A pele do ‘no make-up make-up’ deve ser radiante e uniforme. Para isso acontecer, tem de estar muito bem cuidada e hidratada”, diz Tom Pecheux, responsável pela beleza dos desfiles da Chanel. O produto-chave dessa etapa, escolha de nove entre dez maquiadores, é o óleo facial – prefira os desenvolvidos com derivados de plantas. “Eles têm ação umectante e emoliente, impedem a desidratação e reestabelecem o equilíbrio da pele. Além disso, as propriedades antissépticas, cicatrizantes e antioxidantes de alguns óleos auxiliam em determinados tipos de pele”, diz a dermatologista Vivien Yamada, de São Paulo.

Aplicá-lo fazendo uma massagem facial é um bônus. “O toque ativa a circulação, estimula a musculatura do rosto, devolvendo tonicidade e viço, além de deixar a pele com um tom mais homogêneo”, diz Amanda, que antes de começar qualquer maquiagem faz no mínimo 20 minutos de movimentos no rosto. Água termal, séruns, primers e hidratantes leves também são bons aliados.

Beleza clean e iluminada na passarela da Etro, na temporada de verão 2018 (Foto: Cassia Tabatini /Arquivo GQ e Zee Nunes /Arquivo Vogue, Imaxtree e Divulgação)

Se sair de casa sem nenhuma cobertura te dá até calafrios, tire da gaveta o bom e velho BB ou CC cream. “Eles garantem numa tacada só glow e correção uniforme, substituindo o corretivo e a base”, diz Cris Biato, que recorreu ao produto multifuncional para criar a make neutra de Bruna Linzmeyer na GQ.

Para completar o look do momento, aposte em iluminadores sem muitas partículas de brilho (acabamento glossy nas têmporas é bem-vindo) e use batom ou bastão cremosos para dar cor aos lábios, bochechas e pálpebras. Mais cool e natural, impossível.

O NADA QUE É TUDO
O kit ideal para conseguir o efeito de pele superfresh: óleos faciais, cobertura levíssima e produtos que conferem um leve colorido

Photo Finish Primerizer, R$ 229, Smashbox; Óleo Precioso Premier Cru, R$ 469, Caudalie; Óleo facial Squalane + Vitamin C Rose Oil, R$ 299, Biossance (Foto: Cassia Tabatini /Arquivo GQ e Zee Nunes /Arquivo Vogue, Imaxtree e Divulgação)

PREP TIME
Os cuidados pré-maquiagem são fundamentais: primers, séruns e óleos botânicos melhoram a qualidade da pele e garantem radiância natural

Signature BB Cream FPS 25, R$ 275, Missha; Base Water Blend, R$ 210, Make Up For Ever; Prep + Prime Essential Oil Stick, R$ 159, MAC (Foto: Cassia Tabatini /Arquivo GQ e Zee Nunes /Arquivo Vogue, Imaxtree e Divulgação)

PELE NADA
Opte por BB e CC creams e bases com cobertura levíssima e em pouca quantidade. A ideia é deixar a pele aparecer por baixo dos pigmentos

Blush líquido Orgasm, R$ 186, Nars; Stick Blush cor 02, R$ 39, Vult Flash Luminizer cor Pink 001, R$ 215, Dior (Foto: Cassia Tabatini /Arquivo GQ e Zee Nunes /Arquivo Vogue, Imaxtree e Divulgação)
Fonte: Vogue

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