“A nossa abordagem sobre esse assunto não mudou”, disse Ulf Mark Schneider, que assumiu as rédeas da Nestlé no início de janeiro, sobre os 23,29% que o grupo suíço detém na L’Oréal.
O falecimento de Liliane Bettencourt na semana passada reacendeu imediatamente as questões sobre o futuro do acordo dos acionistas da L’Oréal. A relação entre a Nestlé e a L’Oréal faz parte de uma “parceria estreita e duradoura”, disse Ulf Mark Schneider, ressaltando que essa parceria foi um investimento “fantástico” para o grupo suíço e que representa cerca de 10% da sua capitalização de mercado.
O futuro desta participação é constantemente questionado e já havia sido tema de rumores em junho, quando o fundo ativista Third Point tentou fazer com que a Nestlé a vendesse. Segundo o fundo, o valor é de cerca de 25 biliões de dólares, montante que a Nestlé poderia usar para outros fins.
A Nestlé adquiriu a sua participação em 1974, a pedido da família Bettencourt, que temia uma possível nacionalização se a esquerda chegasse ao poder em França. Os dois grupos também estreitaram a relação através da co-gestão do laboratório de dermatologia Galderma, que a Nestlé finalmente assumiu na totalidade em 2014, quando reduziu a sua participação na L’Oréal, de 29,4% para 23,29%.
O acordo dos acionistas na sua versão atual contém uma cláusula que impede a venda das ações da família Bettencourt e da Nestlé. Esse acordo é válido até seis meses após a morte de Liliane Bettencourt. Na terça-feira, as ações da Nestlé aumentaram 1,36% para 82,20 francos suíços num mercado suíço em alta de 0,12%.
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